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Orientação de carreira - Adultos
Mudar de carreira pode não ser tão difícil como seria esperado. Cada vez mais, adultos repensam as suas vidas profissionais, alteram modos de vida, assumem compromissos “adormecidos” que foram ficando para trás, às vezes por acomodação, outras vezes por necessidades financeiras. No entanto, frequentemente os adultos recorrem à orientação já com quadros de psicopatologia instalados (depressão, ansiedade, etc.) que podiam ter sido prevenidos se procurassem antecipadamente uma solução para o problema que eles próprios reconheciam: a insatisfação profissional.
A mudança de carreira tem muitas implicações e às vezes surgem tantos, mas tantos obstáculos, que frequentemente desistimos de mudar. O desafio das orientações nos adultos é exatamente esse: pensar para onde pende a balança que suporta os obstáculos e as motivações inerentes a esta mudança; encontrar alternativas ou soluções para os obstáculos (aos nossos olhos parece sempre que não há solução, mas a experiência tem-nos mostrado que há sempre boas soluções); e desenvolver uma exploração aprofundada tanto de autoconhecimento como de hipóteses de mudanças. Num processo bem conduzido, muda-se para melhor e encontra-se a realização profissional e a felicidade que lhe é inerente e se estende a outros contextos de vida.
Ao longo do processo de orientação, vamos elaborando um projeto de vida, guiado pelas chamadas técnicas de avaliação e intervenção em orientação vocacional. O papel do orientador é, num trabalho em parceria com o adulto, ajudar a concretizar o pedido de mudança através de um estudo das suas caraterísticas pessoais, fazer um levantamento das hipóteses de mudança adaptadas à sua realidade, construir um plano de mudança e motivar para que a mudança aconteça. O objetivo final é que a pessoa tenha encontrado uma satisfação profissional que a torna mais feliz e completa.